My Virtual World

Ouça enquanto lê:  (....) Passamos a nos falar com mais frequência. Os assuntos eram diversificados, mas nada que pudesse ser considerado como sério. A essa altura ele já sabia o meu nome, mas mesmo assim continuava a me chamar de moça . E, a essa altura também eu não compreendia o que se passava dentro de mim, era uma mistura de querer estar perto com "isso não vale à pena". Fui ficando na minha, mas deixei meus olhos abertos para analisá-lo com mais exatidão. Percebi que por trás daquelas longas conversas haviam coisas que ainda precisavam ser conversadas. Sentamos no mesmo banco, conversamos, rimos... mas eu não queria que tudo se encerrasse como de costume: ele me dava um rápido beijo na testa e falava aquele "até mais, moça", que adentrava os meus ouvidos e soava como uma doce canção. Olhei para ele e sorri, eu não sabia ao certo quais palavras eu deveria usar... Mas antes mesmo que eu começasse a proferi-las, eu o beijei, não de forma violenta, mas

Era uma manhã ensolarada, mas não tinha nada de feliz nisso. Ela se foi e tudo que restou foi a dor. Ela se foi e o vazio tomou conta de tudo. Ela se foi e a dor parece nunca ter fim. Ela se foi e o seu cheiro também, e a voz alta que ecoava pela casa se foi junto. O jeito temperamental e suas mudanças de humor sumiram. Era uma noite bem fria quando me senti tão só sem ela. Foi quando meu coração se apertou e teve certeza de que ela tinha ido mesmo. Foi quando eu tive que em meio ao choro buscar uma forma de ficar bem, foram várias tentativas, aliás, até hoje tem sido. Ela se foi e junto com ela uma parte de mim também se foi. Ficaram as palavras não ditas, os abraços não dados e os "eu te amo" entalados. Ela se foi sem nem que eu pudesse me despedir, sem ao menos dizer "adeus". Ela se foi sem que eu pudesse saber. Ela se foi e eu nem sabia que de fato havia chegado a hora de sua partida. Ela se foi e as lágrimas rolaram dos meus olhos, o grito saiu rasgando