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    Era pouco mais de onze horas, de uma quarta-feira, quando seu silêncio ecoou pela casa e por dentro da minha alma. Meu mundo foi ao chão, assim como as lágrimas que rolaram dos meus olhos. Num gesto de desespero me abracei com o que havia ficado, o corpo gelado e sem vida.  Eu não acreditava no que acabara de acontecer. Minha cabeça só pensava em uma coisa: “e agora?” Os dias se passavam, mas a ficha não caía, apenas quando me perguntavam sobre você. Meu mundo agora era só meu. Meu mundo agora era tomado pelo vazio e pelo medo.


     Aos dezessete anos, aprendi a viver. Aprendi a não chorar e a não demonstrar o quanto eu estava destruída. Segui indo às aulas. Segui... Segui existindo. Aprendi tantas coisa, coisas essas que eu acreditava que só iria aprender mais na frente. Aprendi a 

    Um ano se passou, e a dor... ah, a dor. Passei na Federal, a alegria era imensa, mas quando meu coração transbordava de alegria, lembrava-me que eu não tinha como correr e contar a você. Esse sonho era todo seu, era todo nosso. Cresci ouvindo o desejo que você tinha em me ver estudando lá. Primeiro dia andando na Universidade, e eu chorei pelos caminhos. Era uma mistura de felicidade com desejo de poder te ver com orgulho. Primeiro emprego, e a sensação se repetia. 


    Eu chego em casa depois de um dia cheio e eu só queria contar as novidades, poder ouvir as suas histórias. A saudade bate à porta todos os dias. Às vezes acho que não vou aguentar. Já se passaram tantos anos, mas eu ainda continuo fechando os olhos e imagino como tudo seria se você estivesse aqui. 

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