Vem aqui. Tem um punhadinho de nostalgia pra você!



Ouça enquanto lê:



Poderia ter sido apenas uma festa, mas não foi não. Foi no mesmo lugar de três anos atrás, e acredita que as coisas por lá nem mudaram? O lugar era o mesmo. Mas a comemoração era outra, o tema e as cores eram outras. Entrei no local e um filme de lembranças se projetou na minha cabeça, e eu nem me esforcei para não lembrar. E de cara, vi eu e você, éramos mais jovenzinhos. Estávamos vivendo uma outra coisa, e talvez, nos preparado para o que poderia acontecer. Confesso que dessa vez foi um pouco mais parado. Segui pelo mesmo caminho enquanto as cenas se passavam pela minha cabeça: Você ocupava, o seu posto anterior, o que antecedia ao mais recente, e era curioso isso, mesmo sabendo do que já tinha acontecido, deixamos as coisas como de costume. Tava um clima tão gostoso, mesmo com as pessoas tirando sarro de toda a situação. Lembro que estávamos sentados enquanto os mais novos se divertiam, quando tocou Rabiosa da Shakira e eu te puxei pela mão pra dançar. E até um dia desses demos risadas sobre isso. Dançamos, dançamos muito com toda aquela trupe de crianças mimadinhas, lembra? Anoiteceu, e nossas forças foram indo embora. Nos encostamos num escorregador, e eu, sem pretensão alguma me apoiei em você. Algum tempo depois, soube que tinha sido nesse momento que tudo tinha voltado à tona. Dentro de mim havia uma confusão infindável. Arranjamos cadeiras, e nos sentamos, nos restou esperar pela carona. O céu tava coberto de estrelas, e o frio tava começando a nos atacar, juntamente com os mosquitos, então, como habitualmente eu sempre fiz, amparei minha cabeça no teu ombro. Dava pra sentir tua respiração, e eu te confesso tava gostando muito daquilo. Fiquei me questionando se aquilo era justo conosco, e se aquilo iria nos levar a algum lugar, hoje, vejo que sim. Foi meio estranho ver que tudo o que tínhamos antes se misturou e se aprofundou. Poderíamos ter nos beijado ali, como certa vez você me confessou, mas te confesso que o medo de piorar tudo era muito maior, então, o que era sem pretensão se tornou um mecanismo de defesa, porque inicialmente eu não tinha intenção nenhuma, a não ser curtir o momento. E, te asseguro, eu nem sabia que aquilo era a tal da nossa química. 
Poderia ter sido apenas lembranças que saíram do fundo da minha cabeça. Mas bateu uma nostalgia, sabe? Os risos, as músicas, as conversas, nossos olhares e os das pessoas, aquela camisa que, pelo telefone, eu ajudei a escolher... Foi nostálgico ao extremo voltar aquele lugar pela segunda vez. Mas não, não vamos confundir nostalgia com tristeza, não nesse caso, não nesse momento. Com certeza, aquela festa vai ainda nos arrancar risos. E eu sei, sei que você vai lembrar da puxada de mão que eu te dei toda vez que Rabiosa tocar. E vai lembrar também quando visualizar aquela foto que tiramos tão desajeitados junto com a menina que nos shippava. Porque tem coisas que marcam. 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Feliz 2015 - Show do David Guetta!!

Sobre essa tua mudança

Mais uma desabafo para você