Ela, a tristeza, a dor e as lágrimas.

    É um dia chuvoso, ela acorda, senta na cama, ouve o barulho da chuva... e começa a derramar suas benditas lágrimas, talvez, ela nem saiba os motivos do choro... ou talvez, bem no fundo ela saiba. Ela levanta, caminha até o banheiro e se olha no espelho, lá está ela com o rosto inchado, aparência abatida, com a tristeza aparente em seu olhar. Pobre menina, mais uma vez na bad. Até quando isso?, ela anda até o computador, senta e apaga os poucos vestígios que restaram, aqueles que a fazem cair em si e soluçar de chorar.

    Algum tempo depois, ela volta ao banheiro, se arruma, veste sua roupa favorita, solta os cabelos e de frente pro espelho ensaia sorrisos. Ela vai até o seu destino com a cabeça cheia de pensamentos, mas tão cheia que respira fundo 3 vezes pra não voltar a chorar e acabar estragando todo seu trabalho. Ela é forte, sim, forte, mesmo com seus momentos de fraqueza ela procura estar de pé. 

    De volta, ela vai até o quarto, troca de roupa, ajeita algumas coisas, quando de repente... a anestesia passa, e as pertubações voltaram. Ela está sufocada, envolvida por lembranças, marcada com as cicatrizes, atormentada pelas memórias e com o peito preenchido pela dor. 

    Quando ela cai em si, percebe que chorou mais uma vez, mais uma vez a confusão entrou no seu céu e deixou a nuvem negra. Mesmo que ela ouça as vozes solidárias dizendo "seja firme, você é forte, estamos com você, isso passa...", ela sabe que é ela por ela, e que ninguém pode ajudar. 

    Só ela sabe como tem sido, só ela sabe o que passou. Então, de alguma forma ela tenta botar tudo em ordem. Vai lá, sai, fala com os amigos, ouve suas canções... mas a bagunça volta em passos lentos e consegue desajeitar tudo. Não é charminho, não é pantinho, é dor! 

    Mais um dia se vai, e ela deitada em sua cama pede a Deus que a dê forças, porque ela sabe que sozinha não vai lugar algum. Ela faz suas preces e consegue pegar no sono, e ela tem a certeza de que Deus estar lá por ela.