E que tudo aconteça naturalmente...

Depois do nosso último encontro, passamos a nos falar com frequência. Até que ele me convidou pra ir conhecer o apartamento dele. Eduardo morava com o irmão dele que estava viajando. Ele preparou um delicioso jantar e por fim tomamos um vinho suave, e ele me mostrou cheio de orgulho sua mini biblioteca. Fiquei encantada com a quantidade de livros. Seus favoritos eram os de aventura e ficção cientifica, mas me revelou que tem um certo apego aos romances, dos clássicos aos modernos.

Fiquei admirada, ele era um devorador de livros e já tinha ganhado pontos comigo por estar lendo Clarice quando nos vimos pela primeira vez. Mas depois de ver sua estante, toda organizada, com livros tão interessantes, do jeitinho como eu queria pra mim... Me conquistou (hahaha). Sempre gostei de ler, mas ultimamente não tenho tido tempo pra ler livros pro meu deleite.

Sentamos na varanda, o céu estava todo estrelado e fazia um friozinho agradável. Ele perguntou sobre a minha vida e aos poucos o papo foi fluindo, até chegarmos a comentar sobre fatos do passado (relacionamentos anteriores). Ele me contou que namorou durante dois anos e que seu relacionamento acabou entrando num conturbação sem tamanho, sua ex era possessiva ao extremo, e havia se agravado nos meses finais, e o término não havia sido fácil, ela se negava a aceitar os fatos... Eu imaginei toda situação enquanto ele falava. Contei que havia namorado um rapaz por quase dois anos, estávamos relativamente bem, até que algumas verdade vieram à tona, descobri que ele me traía com sua colega de trabalho e tudo havia começado há dois meses antes do fim... quando ela o olhou diferente após uma reunião exaustiva (que coisa não?!). Falei pra ele que desde então não me envolvi com mais ninguém. Ele sorriu e me disse: "sei exatamente como é isso". Sorri também.

Ele falou que havia se fechado pra relações, mas quando saiu pra jantar comigo sentiu vontade de deixar as coisas acontecerem, já que o acaso nos reaproximou naquele bendito super mercado. Fiquei courada, sorri sem saber o que fazer. E ele segurou minha mão e eu senti uma energia tão gostosa... Tomamos mais um pouco de vinho, eu já estava ficando um pouco zonza pois não sou enturmada com bebidas... Ele percebeu, e se ofereceu pra me levar pra casa. No caminho, Roxette embalou a noite (poxa, como o cara adivinhou que eu gosto de "baladas" românticas?), cantamos juntos Spending my time... eu nem me preocupei com o estrago provocado pela minha total desafinação, eu gostei. Aquele momento de descontração me deixou leve, levíssima. Alguns minutos antes de chegar em casa, decidimos mudar a rota e fomos caminhar na orla, a noite tava boa demais pra acabar naquele momento. Sob a luz da lua, e o brilho das estrelas, de frente pra imensidão do mar, ele me beijou. Finalmente, o beijo aconteceu, e poxa Eduardo cê caprichou! As luzes se acenderam dentro de mim, iluminando toda escuridão existente.

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